caminhou até que o peso da mira não lhe incomodasse mais. parou um instante, olhou para o céu, fechou os olhos e respirou quase aliviada. quem ele era? olhou para trás, pensou em voltar. o que ele queria dela? andando em círculos começou a cantarolar, mas não prestava atenção ao que cantava. aquela varanda não lhe saía da cabeça. uma lágrima caiu sozinha parou no canto da boca e o gosto salgado lhe arrancou um sorriso quase histérico. ela estava decidida a enfrentá-lo. mesmo que isso lhe custasse a vida. aquele ser escondido no alto de um prédio, um covarde assassino, teria de descer e olhar nos seus olhos antes de apertar aquele maldito gatilho. ela pensava com força e com raiva. sua redenção dependia disso. havia escolhido dessa forma, afinal de contas ninguém poderia escolher por ela, a não ser, ela mesma. a garoa desceu junto com a noite. ela estava decida sobre o que fazer, só precisava esperar a hora certa.
{continuação do ping-pong – para entender leia a escolha #4}
enquanto ouvia ‘through glass – stone sour’
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